domingo, 17 de fevereiro de 2008

Estereótipos

Os estereótipos são, como todos sabemos, rótulos. E às vezes perdemos o melhor dos sabores sem conhecê-lo apenas por não termos gostado do rótulo. Esse é o maior risco. E não é um risco gostoso, daqueles que ativam a adrenalina e te deixam com um frio na barriga que te faz lembrar do quão vivo você está. É um risco de omissão, de perder sem tentar, de nunca saber se teria gostado. E o gosto desse risco é amargo, alguns carregam por toda a vida.
Um homem e uma mulher não podem ser amigos, porque sempre haverá atração. O mesmo acontece com um gay e uma pessoa do mesmo sexo: ele é incapaz de manter uma amizade sem “atacar”. Os playboys e patricinhas são sempre fúteis e não têm nada que preste na cabeça. Os maconheiros são amigos falsos que querem te levar pro mal caminho. Os emos são pessoas ridículas que adoram chamar atenção. Pode escolher a frase que te parece mais idiota; elas competem de igual para igual.
A sociedade tenta te dizer o que fazer, o que pensar e com quem andar. E cabe a você ser mais um tradicionalista que aceita as regras sem questioná-las, ou alguém com a cabeça aberta, pronto para conhecer as pessoas e aprender com elas. Sim, o partido está tomado. Estereótipos são idiotas. Por trás do surfista, da evangélica radical, do viciado, da gorda, do funkeiro, existem pessoas. E se achar bom o suficiente para julgá-las é ter um nível de arrogância que cega, e que te faz achar superior sem se dar conta, ou às vezes até percebendo. E o egocentrismo não me atrai.

2 comentários:

Laila Hallack disse...

Muito bom Alvaro! Odeio esteriótipos, mas sem que a nós percebemos, estamos , apesar disso, julgando. É um eterno trabalho pessoal de pensar: talvez não seja isso e quem sabe terei a chance de conferir.
Sei que você sofre com isso e eu também. ;)
Saudades, querido!!!

Laila Hallack disse...

citei seu blog no meu :P
vê lá!