quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amor em epitáfio

Quem ele é? Lomob.
Por que ele é interessante? Porque ele sempre leva algo bom de seus relacionamentos.

Não, eu não quero lembrar
de tudo que eu deixei pra trás
nem querer o que não volta, jamais.

Fresno. Sobre todas as coisas que eu...

A Personagem

Lomob é um cara bonito, sensível, carinhoso, que gosta de demonstrar seu afeto e gosta de se sentir amado. Não chega a ser do tipo meloso, mas sabe namorar muito bem. Sabe flertar, sabe seduzir. Tem atitude e normalmente consegue se envolver com quem quer. Também não faz o estilo pegador. Prefere namoro a pegação, e acredita em fidelidade masculina. As meninas devem, a esta altura, se perguntar se esse garoto não tem falhas. Talvez seja um bom defeito o fato de ele não acreditar no amor.

A História

Hoje descobriremos como Lomob percebeu que não acreditava no amor através de seus relacionamentos ao longo da vida. A primeira vez que ele acreditou estar amando, foi por volta de seus dez, doze anos.

Gi era sua vizinha mais linda. Tinha descendência argentina e era muito simpática. Ele ficou encantado com a moça desde que eles conversaram pela primeira vez. Com ela, ele teve a primeira decepção. Eles nunca se envolveram e ele sofreu muito com o “não” dela.

Mas a vida continua e logo ele conheceu Dara. Seu primeiro beijo e equivocadamente sua primeira namorada. Apenas ela era apaixonada por ele. Depois de um relacionamento de mais de um ano, no qual ele sabia não estar envolvido por completo, uma mentira dela geraria o primeiro término.

Logo em seguida, ele conheceu Polady, amiga de Dara. Por ela, Lomob também jurava estar perdidamente apaixonado, e finalmente foi recíproco. Pouco mais de quatro meses foram suficientes para ele perceber que sua paixão era física, e terminar pela segunda vez.

Muito tempo se passou até que ele conhecesse Leddy, que seria sua terceira namorada. Um dos relacionamentos mais complicados. Ela era completamente desequilibrada, mas perdidamente apaixonado por Lomob. Ele, por sua vez, viu seu sentimento crescer juntamente com as dúvidas. Uma nova mentira - das feias -, e um novo término.

Finalmente, Dine. Um namoro ioiô, cheio de idas e vindas. Que também não durou muito. Dine não conseguia entender que sentir e demonstrar diferente não é sentir menos. A pressão foi o motivo do último término.

Hoje, Lomob está solteiro. Vendo seu passado, ele não consegue saber se já amou de verdade. Já sentiu atração física, já transou na primeira noite, já se divertiu e, com certeza, já sofreu de paixões arrebatadoras. Mas se o amor dos poetas existe, ele ainda não havia se apresentado a Lomob.
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domingo, 13 de setembro de 2009

Desencontros

Quem ele é? Volti.
Por que ele é interessante? Porque ele se entrega por completo aos sentimentos.

“…This could be the one last chance
to make you understand:
I'd do anything
just to hold you in my arms,
to try to make you laugh,
somehow I can't put you in the past…”

Simple Plan. I’d do anything.

A Personagem

Volti é um garoto um pouco desiludido com a vida. Impulsivo, reconhece que nem ele mesmo consegue prever suas reações. Sentimental, é do tipo que tenta sempre compreender o porquê das coisas. Sonhador, tudo o que ele tem buscado é estabilidade em sua vida amorosa. Tem certa dificuldade para compreender que as pessoas não são e, portanto, não agem sempre como ele. Desta forma, acaba perdendo pessoas boas que aparecem em seu caminho. Volti procura sempre dar valor às suas amizades, que ele muito preza.

A História

A história de hoje é sobre o envolvimento de Volti com um de seus antigos amores. Quando adolescente, ele sempre observava um outro garoto que pegava o mesmo ônibus que ele na saída escola. E, às vezes, percebia que o garoto também o olhava, embora ambos disfarçassem.

O tempo passou, eles não se encontraram mais e a história poderia ter acabado ali. Mas anos mais tarde, Volti acessou sua conta em um site de relacionamento e havia um recado diferente. Era um recado de Wattel, seu antigo paquera do ônibus.

Os dois começaram um contato inocente, que evoluía à medida que se conheciam melhor. Embora àquela altura fosse óbvio um interesse amoroso, nenhum dos dois se sentia à vontade para expor sua homossexualidade ao “amigo novo”.

Volti havia terminado um romance e compartilhava a tristeza com Wattel. Decidiu falar que tratava-se de um romance com outro garoto, e Wattel não esboçou reação de espanto. Volti pressentiu naquela reação que o relacionamento entre eles poderia evoluir ainda mais.

Ele era uma explosão de sentimentos, e pensava sobre o que poderia acontecer. Encontraram-se. Conversaram. Contraste puro. Volti, extrovertido e falastrão; Wattel, um ouvinte mais tímido. Eles se beijaram.

Volti ainda estava muito confuso, mas aos poucos percebeu que estava se apaixonando. Wattel sentia o mesmo, mas não estava preparado. Nosso protagonista tentou não se envolver, mas foi inevitável. Eles começaram a namorar.

O namoro ia bem, obrigado, exceto pelo fato de que Volti estava tranquilo com relação à sua sexualidade e tinha dificuldades em aceitar que Wattel não estivesse. A pressão foi grande, o garoto não resistiu e terminou o relacionamento.

Volti sofreu muito, mas optou em não mais procurar Wattel. Havia sido apenas mais um desencontro. Algum tempo já se passou, e, hoje, ele está novamente atordoado. Ele sabe que o que mais quer é viver este sentimento com toda sua intensidade, mas as coisas não dependem só dele. E Wattel continua confuso e despreparado.
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sábado, 12 de setembro de 2009

O destino de Ilob

Quem é ele? Ilob.
Por que ele é interessante? Porque ele não desiste de suas metas enquanto não as alcança.

“... e hoje nos lembramos
sem nenhuma tristeza
dos foras que a vida nos deu.
Ela, com certeza, estava juntando
você e eu...”

Vanessa da Mata. Minha herança: uma flor.

A Personagem

Ilob é um garoto efusivo, enérgico, muito animado e daqueles que nunca fica indisposto. Por outro lado, é ansioso, agitado, um pouco afobado mesmo. Típico garoto hiperativo. Mas por trás de tanta energia, existia um menino carinhoso, que demonstrava seus sentimentos muito claramente, sem medo do que possam interpretar. E, com esse temperamento, teve algumas surpresas na vida, que encarou com maturidade.

A História

Ilob havia se formado, e precisava arrumar emprego. Alguns de seus melhores amigos da época de faculdade estavam numa empresa que ele daria tudo para trabalhar. Clima perfeito, descontraído, ambiente jovem. Ele se apaixonou pelo lugar.

E resolveu que queria fazer parte também. Ele não pediria uma vaga, por questão de profissionalismo. Esperaria o processo seletivo para entrar honestamente. E ele veio.

À medida que passavam as etapas, Ilob criava mais expectativas e ficava com mais vontade de trabalhar com seus amigos. Até que chegou a etapa na qual ele seria avaliado dentro da empresa, quase como um funcionário. Empolgação.

Talvez esse tenha sido o erro. Ele estava empolgado demais. Tanto que aquilo o deixava nervoso, inseguro, por mais que ele conhecesse a empresa e soubesse que estava entre amigos. Amigos que tiveram que dizer “não” para ele.

Ele foi reprovado. Depois de quase dois meses se dedicando àquela tentativa. Ilob ficou desolado, não sabia o que fazer. Nestas horas é um pouco difícil desvincular a amizade do profissionalismo. Mas ele teria que conversar com os seus, esclarecer as coisas.

E tentou encarar com maturidade. Os amigos deram o ponto de vista e ele acatou, muito embora não restasse outra opção. Internamente, ele ainda estava confuso. O tempo passou, a amizade não foi abalada e Ilob continuou desempregado. Até que abriram novo processo seletivo.

Ele relutou muito, mas acabou se inscrevendo novamente. Mais maduro, mostrou que estava preparado para encarar o que viesse, e, desta vez, foi aprovado com louvor e muitos elogios.

Algum tempo depois, ele conseguiu dosar sua ansiedade. Agitado ele continuou, mas usou essa característica para contagiar os outros funcionários. Sua energia agora era utilizada para a motivação dos colegas. E ele foi até funcionário destaque.

O que ele sabia era que a empresa havia mudado sua vida. Para muito melhor. Hoje, Ilob se via um profissional realizado. Considerava obrigação estar sempre motivado, para fazer por aquela empresa dez por cento do que ela tinha feito por ele. Os amigos que o reprovaram, agora, se orgulhavam de seu trabalho.
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Autoflagelação

Quem ela é? Tíli.
Porque ela é interessante? Porque ela foi capaz de amar em silêncio.

“O que fazer
quando um querer
só faz chorar, só faz sofrer
um coração?...”

Wanessa Camargo. O amor não deixa.

A Personagem

Tíli é uma adolescente, quase tão normal quanto as outras. É tímida, tem medo de se relacionar com garotos e todas as crises normais para alguém de sua idade. É dedicada, bastante amiga e tem seus segredos. Muitos. Aliás, ela guardava segredos até dela mesma, que um dia mais tarde viria a conhecer. Enquanto isso, ela vivia a vidinha que lhe era proposta, cheia de regras que ela adoraria romper.

A História

Hoje, história triste. Tíli lutou por muito tempo contra si mesma e acha que conseguiu vencer. Sua história poderia ter tido um rumo completamente diferente, mas ela ao menos conseguiu perceber que tinha força para vencer qualquer batalha, e que sua pior inimiga, às vezes, era ela mesma.

Puberdade, hormônios à flor da pele, época dos grandes e inesquecíveis primeiros amores. Assim foi também com Tíli. Seu círculo de amizades era composto pelos vizinhos que frequentavam a rua de sua casa. Um dia, uma nova família se mudou para a rua de cima.

Família grande, muitos filhos. Entre eles, Kindli. Um pouco mais alto do que Tíli, simpático, fez amizade com todos bem rápido. E mexeu com o coração da nossa protagonista. No começo, ela imaginava, era apenas atração, vontade de conhecer melhor.

Mas aquela situação evoluía a cada dia, até que Tíli não conseguia ficar um dia sequer sem ir à rua para vê-lo, não podia perder uma oportunidade de conversar, ou mesmo simplesmente estar com ele. Ela estava perdidamente apaixonada. Como nunca estivera antes.

Mas tudo o que ela não queria era que ele percebesse. A mínima desconfiança seria para ela motivo de pânico. Ela queria tê-lo, mas ao mesmo tempo não queria que ele soubesse disso. E, por escolha, foi obrigada a aprender a lidar com seu amor, que ela jamais descobriria se era platônico.

Tíli não compartilhou com ninguém aquele sentimento. Nem sua melhor amiga sequer imaginava o que se passava em seu coração. E assim foi por muito tempo. Apenas o travesseiro consolava seu pranto. E, a todos os instantes, ela sabia que fizera deste sofrimento uma opção.

Ela preferia viver na ilusão de que um dia o teria, sem jamais saber se esse dia chegaria, do que obter um não daquele que ela amava. Ela não suportaria. Cresceu, finalmente conseguiu se desligar, teve outros romances, se mudou. Mas até hoje, quando o vê em fotos, aparecem, ao mesmo tempo, a dúvida e a nostalgia.
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

A mais bela história de amor

Quem são eles? Gija e Reroal.
Por que eles são interessantes? Porque eles descobriram que amigos nunca se separam.

“...The finish line
is just around the bend.
I'll pause this game,
so our love will never end.
Let's go again.”

Sam Hart. Mario Kart Love Song.

As Personagens

Gija e Reroal são dois grandes amigos que estudaram juntos nos tempos de faculdade. Gija é um cara esperto, sensível, que entende nas entrelinhas e gosta de se relacionar com as pessoas. Também é bastante animado para festas e tem um coração grande, incapaz de ser injusto com alguém. Reroal é do tipo esportista, mais direto, talvez ligeiramente mais tímido, mas igualmente esperto. Para as pessoas próximas, uma pessoa divertidíssima e companhia pra todas as horas. Juntos, uma dupla daquelas que valia por cinco...

A História

Para quem espera outro romance, uma surpresa está por vir. Esta não deixa de ser uma história de amor. Contudo, um amor mais puro, menos carnal e menos efêmero: o amor entre amigos.

Gija e Reroal não se conheciam até fazerem faculdade. No começo, para dizer a verdade, nem eram tão próximos. Mas há coisas que quando têm que acontecer, simplesmente acontecem, como um diria ao outro anos depois.

Aos poucos, foram percebendo o quanto tinham em comum, mesmo sendo tão diferentes. A presença do outro sempre era um conforto. Desabafos. Muitos. Choros no ombro, puxões de orelha, motivação para continuar lutando. E eles foram descobrindo uma amizade que eles desconheciam antes de se encontrarem.

A cada ano que passava, a única certeza que eles tinham é que o futuro estava próximo, era hora de crescer, de arrumar emprego, investir numa proposta diferente. No fundo, eles sabiam que estavam preparados, embora se questionassem às vezes.

A formatura chegou. Para muitos, o último abraço, a despedida, o chororô típico da turma que se separa. Não para os dois. Eles só iam seguir rumos diferentes. Perderiam o convívio diário? Sim. Mas o tempo mostraria que para o amor não existe nenhum tipo de distância.

E eles se amavam, sem vergonha de dizer isso. Eram bem resolvidos o suficiente para entender que um era fundamental na vida do outro sem que isso significasse algo diferente de amizade. Pura. Simples. Necessária.
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domingo, 6 de setembro de 2009

Mãos dadas

Quem ele é? Lanle.
Por que ele é interessante? Porque ele vive e sente sem entender.

“…I'm incomplete,
a life that's so demanding,
I get so weak,
a love that's so demanding,
I can't speak…”

My Chemical Romance. Famous Last Words.

A Personagem

Lanle é um garoto diferente. Inteligente, aplicado, dedicado, amigo. Mil outras qualidades aplicáveis. Um exemplo a ser seguido, uma pessoa com quem a convivência era sempre prazerosa e da qual sempre se poderia tirar lições ou compartilhar angústias. Angústias. Esse era o mal. Ele sofria com uma angústia que o fazia sentir-se confuso, quase sempre. Confuso, principalmente, quando as decisões envolviam sentimentos.

A História

A história de hoje é resultado de uma angústia que atormentava Lanle. Desde que havia saído de casa para enfrentar uma nova jornada da vida, convivia muito com Hiare, que se tornou uma amiga rapidamente. E não foi a única.

O restante dos amigos apostava num romance entre Lanle e Hiare. Eles eram parecidos em muitas coisas, e se completavam ao mesmo tempo: Hiare era extrovertida e animada, enquanto Lanle era um pouco mais reservado.

Os dois consideravam secretamente aquela hipótese sem saber se ela fazia muito sentido. Até que a turma fez uma festa. Churrasco grande, daqueles que muita gente fica de porre e muita coisa que será esquecida no dia seguinte acontece.

Lanle aproveitou moderadamente, como seu perfil dizia para fazer. Hiare foi um pouco além, e se permitiu curtir mais à vontade. De todos os lados, uma leve pressão para que o romance saísse do ensaio e se tornasse real.

No churrasco, para a decepção de todos, nada aconteceu. E foram dali embora, juntos. Foram a pé, era cedo e o grupo era grande. Não haveria perigo. E, quando todos se distraíram, aconteceu o inesperado: não, eles não se beijaram. Mas estavam de mãos dadas.

Foi uma cena bonita, mas que durou pouco. Ao serem notados, envergonhados, soltaram as mãos suadas. Nunca mais, depois daquele episódio, Lanle e Hiare cogitaram um envolvimento. Tornaram-se grandes amigos, compartilharam grandes momentos juntos, mas não alimentaram aquela história.

Eles perceberam pelo toque que não pertenciam um ao outro. Viveram outras histórias, experimentaram outros romances ensaiados, mas as mãos de ambos continuaram sem alianças.
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sábado, 5 de setembro de 2009

O romance que (ainda) não foi

Quem eles são? Lenner e Allobi.
Por que eles são interessante? Porque são o não casal mais apaixonado que existe.

“…so I won't hesitate no more, no more.
It cannot wait, I'm sure,
there's no need to complicate, our time is short .
This is our fate, I'm yours…”

Jason Mraz. I’m yours.

As personagens

Lenner é um garoto peculiar. Muito atraente, do tipo modelo mesmo. Sua aparência, é claro, desperta brilho nos olhos de muitas meninas. E por isso ele construiu uma imagem (mesmo que não totalmente verdadeira) de cafajeste. Essa imagem apenas esconde seu medo de amar de verdade. Ele tem dificuldade para lidar com sentimentos. Allobi é uma menina inteligente. Bonita também, mas de uma beleza mais discreta. Aprendeu (ou acha que aprendeu) a lidar com o amor de uma forma racional. Isso por ter passado por situações complicadas no passado. Ela é sensual para muitos por inspirar uma aura de mistério. Além disso, sabe namorar como ninguém.

A História

Lenner e Allobi tinham tudo para se odiarem, e, aliás, se odiaram por alguns instantes. O passado de ambos revelava uma experiência amorosa em comum da qual eles guardavam um certo trauma. E esse trauma fez os dois começarem uma amizade interessante.

De cara, se deram muito bem. Caçoavam da própria desgraça por compartilharem da mesma. E tinham uma sintonia incrível para conversar sobre este ou qualquer outro assunto. Aos poucos, começaram a perceber que poderiam ser mais do que bons amigos.

Lenner não dava o braço a torcer. Fazia o tipo galã para todas, mas não conseguia se exibir para Allobi. Alfinetava todas as meninas por suas atitudes atiradas, mas não conseguia condenar o interesse de Allobi. Às vezes era até desrespeitoso em suas críticas, mas era incapaz de criticar Allobi.

Allobi se fazia de desentendida. Não conseguia ficar um dia sem se lembrar de Lenner, mas quando o encontrava, não falava nada. Queria confessar a Lenner que ele era o homem da vida dela, mas ele era um cafajeste, embora ela soubesse que com ela seria diferente. Falava dele com brilho nos olhos, mas era incapaz de cogitar um romance.

Lenner sabia que, se um dia se envolvesse com Allobi, seria um relacionamento perfeito. Ele sabia que por ela se apaixonaria e amaria de verdade. Allobi, por sua vez, queria mais do que tudo dar uma chance para Lenner. Mas eles continuavam separados.

Quando conversavam, ambos sabiam o que se passava na cabeça um do outro. Ambos sabiam que o correto era que eles parassem de falar e se beijassem, parando de perder o tempo que poderia ser precioso. Mas nem sempre o amor age na velocidade que gostaríamos, e às vezes precisa de um empurrãozinho para acontecer. Qualquer hora ele viria.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Palcos da vida

Quem ele é? Kiale.
Por que ele é interessante? Porque ele tem um senso de observação admirável.

“…we've got to all stick together,
good friends, there for each other…”

S Club 7. Reach.

A Personagem

Kiale é uma figura muito interessante. Não é dos mais extrovertidos, nem dos que mais gostam de aparecer. Mas também não é tímido, apenas discreto. E na sua discrição, tem uma personalidade marcante e um caráter muito bem definido. Tem poucos, mas bons amigos, aos quais é leal. E é sincero. Ao extremo, assumindo todas as consequências desta sinceridade. Aliás, Kiale às vezes é bastante extremista.

A História

A história de hoje vai mostrar uma característica marcante de Kiale, nossa personagem, que rendeu boas risadas: o senso de observação apurado. Certa vez, ele foi assistir a um espetáculo para ver o amigo ator em cena.

Peça divertida, bons atores, música legal. Kiale se divertiu. No final da peça, aplausos sinceros. E ele esperou o amigo voltar a ser ele mesmo para irem embora juntos. E nisso, viu os atores saindo, um a um, nus de seus personagens.

Entre eles, Laxe, o palhaço. Na verdade, seria difícil reconhecê-lo sem maquiagem, figurino e peruca. Mas ele estava ali, rindo com os amigos e recebendo o carinho do público.

O tempo passou, a peça saiu de cartaz e chegou o dia de Kiale fazer vestibular. Aprovação, comemoração, faculdade. Entre os colegas de classe, Kiale reconheceu alguém. Pouco depois, descobriu que era Laxe.

Laxe ficou perplexo com o reconhecimento. Kiale o tinha visto apenas uma vez, sobre um palco, irreconhecível. E se lembrou dele mesmo assim. Os dois então conversaram um pouco mais e, com o tempo, se tornaram amigos.

Amigos inimagináveis. Completamente opostos na forma de agir, mas inseparáveis na lealdade e no entendimento. Kiale agradecia por ter sido colocado no mesmo palco que aquele ator. E Laxe comemorava a aprovação para o curso que não era o dele. A amizade dos dois já tinha feito valer à pena.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Velhos amigos novos

Quem é ela? Iddy.
Por que ela é interessante? Porque ela sabe o segredo para se fazer novos amigos.

“…I close my eyes only for a moment, and the moment's gone.
All my dreams pass before my eyes, a curiosity…”

Metallica. Dust in the wind.

A Personagem

Iddy é uma menina de coração bom, que gosta de fazer amigos. Simpática e bem humorada, acaba conseguindo amizades com facilidade. Gosta de festas e eventos onde possa encontrar as pessoas, e gosta também de organizar e mobilizar pessoas para esses eventos. Viciada em animes e cultura japonesa, ela usa seu tempo livre para imergir ainda mais na cultura do país.

A História

Iddy participava de um grupo de discussões online. Neste grupo, vivia tentando convencer as pessoas a marcarem um encontro pessoal. Sim, porque embora os frequentadores do fórum morassem na mesma cidade e tivessem um grande interesse em comum, muitos deles não se conheciam pessoalmente.

Um dia, conversando com alguns deles, decidiu marcar uma saída. Fosse quem fosse, acabaria sendo divertido e seria o primeiro passo para que eles se conhecessem e, aos poucos, ficassem amigos.

Xelid e Dakay concordaram na hora. Xelid estava empolgado, e Dakay tinha acabado de se mudar para a cidade e ainda não conhecia muitas pessoas. De última hora, avisaram Aly, que estava à toa e decidiu ir também.

O encontro foi inusitado. Dakay foi o primeiro a chegar, e sentou-se num banco no local combinado. Aly chegou logo depois. Mas não reconheceu Dakay. E ali ficaram os dois, esperando pelas mesmas pessoas e sem saber que um esperava o outro.

Iddy e Xelid chegaram praticamente juntos, e aí eles se reconheceram. Depois de algumas risadas, começaram a pensar no que fariam. Muita indecisão, muito assunto para por em dia e muita empolgação. Acabaram num bar.

E conversaram bastante. Foi uma noite animada. Beberam um pouco, falaram sobre tudo e, aos poucos, foram descobrindo coincidências sobre aquele quarteto que até então não se conhecia e parecia um grupo de velhos amigos.

Com certeza, teria repeteco. Iddy conseguiria sem dúvida reunir aquele grupo mais vezes. Eles foram a prova de quem ninguém era assassino, ninguém mordia, e encontros como aquele podiam render boas histórias pra contar.
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