domingo, 30 de agosto de 2009

O lixo que está na gente

Quem eles são? Dikki e Egeu.
Por que eles são interessantes? Porque eles estão dispostos a saírem da sua realidade para enxergarem o mundo.

“...Vou jogar fora no lixo,
vou jogar fora no lixo,
jogar fora no li ih ih ih xo!...”

Sandra de Sá. Joga Fora.

As personagens

Dikki e Egeu são amigos há algum tempo. Dikki é um cara centrado, organizado, estudioso e que se dá bem na maioria das coisas que faz. Egeu é um garoto extrovertido, falador, conversa fácil, conquista as pessoas com o bom humor. Juntos, quem diria, uma dupla inseparável. Eles enxergam o mundo de uma forma parecida, talvez seja isso. E eles sabem que não são centro dele, e sempre se tem muita coisa a aprender com as pessoas.

A História

Dikki e Egeu estudavam juntos, até aí tudo bem. Eram daquelas duplas que fazem todos os trabalhos juntos, que gosta de experimentar e ir além do que propõem os professores. Um dia, uma professora pediu um trabalho que mudaria a vida da dupla. Eles tinham que viver uma experiência qualquer, documentá-la e descrevê-la para a turma.

O trabalho era em grupo, e o grupo dos dois não tinha tido nenhuma ideia brilhante. No máximo uma ou outra divagação mirabolante, dessas de brainstorming, que nunca dão em nada. Mas daquela vez dariam em bastante coisa.

A ideia? Viver uma experiência como garis. Isso mesmo, garis. E com tudo o que a experiência implicasse. Roupas de gari, subidas no caminhão, corridas para pegar as sacolas de lixo. Uma verdadeira viagem.

Impossível? Talvez. Eles precisariam de uma autorização do meio que regulamenta a coleta de lixo na cidade. Uma ligação, e pronto. Estavam autorizados. E lá ia a dupla viver aquela experiência que com certeza mudaria muita coisa.

Lixo orgânico. Pessoas porcas. Ruas sujas. Histórias dos garis. Cacos de vidro. Segurança? Acho que não. Nunca fora tão fácil entender como a população arruinava sua própria cidade.

Lixo reciclável. Uma aventura. O caminhão corria veloz e a forma de se prender a ele não era das mais confiáveis. E como eram poucas as pessoas que reciclavam lixo. A maioria, bastante educada. Ali, também, os dois descobriram que não adianta nada separar o lixo, porque ele acaba se misturando no caminhão.

Lixo hospitalar, um grande trauma. Como era possível existirem pessoas trabalhando com aquilo? Bastante mal estar, luvas nas mãos (muito embora os garis não as utilizassem). Fim do passeio. Para os dois, estava de bom tamanho.

O que eles tiraram da experiência? Nunca mais verão o lixo da mesma forma. Nunca mais reclamarão do trabalho que têm. E, principalmente, darão mais valor a esta profissão tão marginalizada.
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sábado, 29 de agosto de 2009

Tudo termina em pipoca

Quem ela é? Gihyora.
Por que ela é interessante? Porque ela conseguiu descobrir que a decepção é um aprendizado.

“I'm tired of boys who make me cry,
they cheat on me and they tell me lies…”

The Hazzards. Gay boyfriend.

A Personagem

Gihyora é daquelas peças únicas, que se não existissem, precisavam inventar. Animada, divertida, um coração tão grande que era incapaz de negar o que quer que fosse a alguém. Não gostava de causar mal estar, não gostava quando não entendiam seu ponto de vista e fazia sempre questão de deixá-lo bem claro. E, como não poderia deixar de ser, gostava de namorar, às vezes, embora não fosse a garota mais sortuda do mundo para isso.

A História

A história de hoje começou numa balada e terminou numa sessão de cinema com direito a pipoca, mesmo que isso nem sempre signifique um final exatamente feliz, como vocês poderão observar.

Balada normal, de universitário, daquelas com gente bonita, bebida liberada, pessoas de todas as tribos e um ou outro beijo na boca. Gihyora as adorava. Frequentava todas que podia. E lá estava ela nesta também, sempre na companhia dos amigos, que cultivava.

A caneca de cerveja se esvaziava e enchia com a mesma velocidade que ela cumprimentava as pessoas na festa. Parecia conhecer todas. Depois de um tempo, as coisas começaram a ficar mais interessantes, e a festa mais animada. A caneca continuava em seu processo.

Ninguém sabe ao certo como ela e Iros começaram a se beijar. Ela mesma não saberia explicar no dia seguinte. O fato é que, pouco depois daquela noite, estavam namorando.

Era um namoro comum, pizzaria, casa dela, casa dele, saída com os amigos, rotina. O mal de todos os relacionamentos amorosos acometeu também aquele casal. E, depois de algum tempo de rotina, Iros tocou a campainha de Gihyora, que assistia a um filme na TV comendo pipocas. Eles terminaram.

Terminaram amigos, como, aliás, todo casal deveria terminar. Pouco a pouco, as coisas foram voltando ao normal na vida de Gihyora, que voltou a frequentar festas, voltou a se divertir e ver gente beijando na boca, inclusive seu agora ex-namorado. E na boca de um outro garoto.

Um pouco frustrante? Sem dúvida, para ela também foi. Mas, como já dito, ela tinha um coração enorme. Por mais difícil que fosse, ela sabia que Iros não seria feliz de outra forma, e que ela não havia conseguido perceber.

A decepção, de vez em quando, ainda incomoda Gihyora, que às vezes sente um pequeno complexo. Mas logo ele desaparece. Ainda há muitas festas, muitos encontros, muitas canecas de cerveja e muitos beijos na boca para que ela desperdice seu tempo com esses pensamentos.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Opções

Quem ele é? Mitro.
Por que ele é interessante? Porque ele descobriu que nunca é tarde para mudar.

“...se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre sem saber
que o pra sempre sempre acaba...”

Cássia Eller. Por enquanto.

A Personagem

Mitro era um garoto de personalidade forte. Argumentos para qualquer situação, durão mesmo, difícil de dar o braço a torcer. Era do tipo de cara que fazia poucos, mas fortes laços de amizade. Não fazia questão de ser político, era bastante sincero com relação ao que sentia. Mitro também tinha uma certa dificuldade de mudar, qualquer que fosse a mudança. Aprontava das suas, com certeza. Mas era esperto. Sabia fazer as coisas acontecerem à sua maneira.

A História

Mitro vinha de uma família que pareceria, a qualquer um que conhecesse, um lar, sólido e bem estruturado. E talvez alguns anos atrás até tenha sido. Situação financeira estável, tinha o que queria ter e acreditava viver feliz. Até que começaram a aparecer dificuldades.

A primeira delas foi a demissão do pai. Excelente funcionário, amigo de todo mundo, sofreu um acidente e acabou ficando inválido. Um tombo grande, que abalou as estruturas da família.

O pai era do tipo ativo, que gostava de sair, de tomar cerveja com os amigos, e de repente se via incapaz de fazer o que mais gostava. Em casa, foi pouco a pouco definhando. Definhando o corpo e a mente.

Aquele que antes era simpático, um exemplo a ser seguido, começou a se entregar. Não saía mais de casa, ficava todo o tempo reclamando da sorte. E começou a descontar sua raiva da vida em Mitro.

No começo, ele entendia perfeitamente. Tudo era culpa do acidente e rapidamente iria passar. Não passou. Piorava a cada dia. E ele tentava, a todo custo, ajudar o pai a voltar a gostar de viver. Mas não tinha sucesso nunca. E ele não podia interferir na decisão do pai.

A família, aos poucos, foi desmoronando. Ele definitivamente não tinha mais um lar. O pai e a mãe brigavam todo o tempo, e no pouco tempo que ele estava em casa, brigavam com ele também. Ele começou a se chatear de verdade.

A oportunidade de mudar veio. Não seria uma mudança fácil. Ele iria sair de casa. Sozinho e ganhando pouco dinheiro. Pela primeira vez na vida, a vontade de mudar foi maior do que a força do comodismo. E foi.

O que aconteceu foi que, aos poucos, as coisas estão se ajeitando para Mitro. De vez em quando ele visita os pais, que continuam brigando por opção. Mas com ele, pelo menos, as coisas haviam melhorado consideravelmente.
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Olhares proibidos

Quem ela é? Orifah.
Por que ela é interessante? Porque ela está disposta a se arriscar para viver uma aventura.

“…vou espalhar meu amor por aí,
e ai de você se entrar na minha frente!
Hoje à noite eu só quero é me divertir...”

Seu Cuca. Já que você não me quer mais.

A Personagem

Orifah é uma garota interessante. Tem personalidade forte, fala o que pensa e, principalmente, faz o que acha que deve fazer. Não que passe por cima dos outros, apenas não deixa que eles controlem sua vida. E consegue assim mesmo passar uma imagem excelente aos que têm a oportunidade de conviver com ela. É alvo de comentários, sem dúvida. Alguns deles invejosos. A maioria, na verdade, fica admirada.

A História

A história de hoje ainda está na cabeça de Orifah como uma de suas noites mais divertidas. Para que isso acontecesse, ela simplesmente quebrou as regras. Quase todas, diga-se de passagem.

A festa era de gala e ela era uma das poucas que usava vestido curto. Fazia frio. Ela se permitiu beber bastante, e isso fez com que começasse a enxergar outros ângulos do lugar. Abandonou a roda de amigas e foi andar um pouco sozinha.

Entusiasmada, ela não deixava de dançar animadamente, sempre com a garrafa na mão. Aos poucos, começou a atrair olhares, que ela não retribuía. Ela só queria se divertir. Até que ela avistou Jyu. Mas ele era fruto proibido, mesmo que ela ainda não soubesse.

Tudo de repente ficava interessante. Jyu fazia bem o tipo de Orifah, e ela resolveu retribuir pela primeira vez a um olhar. E deu as costas logo depois. Ele a seguiu. Quando ela notou, pareceu gostar bastante do que estava vendo e se afastou ainda mais.

Quando já estava distante do barulho da festa, começou a andar mais lentamente, para que ele a alcançasse. E não demorou muito. Para o espanto de Orifah, Jyu a havia seguido para anunciar o interesse de um amigo nela. Mas era Jyu quem ela queria.

Por um instante, pensou. No seguinte, justificou a negativa com máxima sinceridade. Jyu, desconcertado, revelou seu compromisso. Àquela altura, ela não podia mais se importar. Os dois se beijaram. E as coisas não pararam por ali.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Toda derrota deve ser comemorada

Quem ela é? Tyla
Por que ela é interessante? Porque ela percebeu que ser derrotada poderia fazê-la muito mais forte.

“…It's much better to face these kinds of things
with a sense of poise and rationality…”

Panic! at the Disco. I write sins not tragedies.

A Personagem

Tyla era uma menina exemplar. Espontânea, comunicativa, inteligentíssima. Uma carreira brilhante pela frente. Bem relacionada, bem intencionada. E humilde. Tipo de pessoa em extinção hoje em dia. Para ela, tudo era motivo de comemoração e festa. E como sabia festejar! Gostava de estar entre amigos, se sentia bem e confortável entre eles, e sabia que com eles poderia crescer sempre.

A História

Com um currículo tão brilhante e uma personalidade tão marcante, Tyla não colecionava muitas derrotas em sua vida. Batalhas, algumas. Derrotas, ainda não. E lá estava ela indo para mais uma de suas batalhas, talvez a mais difícil da carreira até então.

O concorrente? Plyde. Um cara inteligente, não havia como negar. Mas talvez um pouco menos estruturado do que ela estava para aquela batalha. Plyde era mais conhecido, mais popular na disputa e queria uma conquista que, vista a olhos leigos, era mais prestigiosa que a de Tyla.

Acontece que as chances de Tyla ser bem sucedida dali em diante eram visivelmente mais concretas. Mas talvez não fosse tão visível assim. Plyde se apresentou, falou de suas conquistas anteriores. Falou bem, mas faltou conteúdo.

Tyla foi completa. Estratégica. Inteligente e simpática como sempre era. Respondeu a tudo o que foi perguntado. E agora era finalmente a hora do confronto. Faltou esclarecerem, vejam só, o tamanho da dificuldade que Plyde encontraria para se dar bem caso fosse o escolhido.

E Tyla perdeu. Realmente, política é coisa de gente que pensa. E todo mundo tem que votar no país, muito embora nem todo mundo pense. E o ciclo vicioso segue, como no dia em que elegerão robôs para Chefes de Reportagem.

Mas robôs não entendem de comunicação. Mas quem se importa? O importante é que Tyla não se abalou. Aproveitou a derrota para comemorar. Comemorar, sim. Ela sabia que o que a esperava ia muito além daquela derrota.
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domingo, 23 de agosto de 2009

O susto na montanha

Quem ela é? Djore.
Por que ela é interessante? Porque ela vive de acordo com o que seu coração pede.

“…I've had nowhere to go,
missed the bus, missed the show.
I've been down on my luck,
I've felt like giving up.
My life locked in a trunk
when it hurt way too much…”

Nelly Furtado (participação: Juanes). Te busqué.

A Personagem

Djore é uma garota tranquila, simpática e muito atraente. Com as amigas com as quais tem mais intimidade, mostra uma personalidade mais irreverente e descontraída. Para quem não conhece, parece levemente tímida. Para sua família, uma incógnita. Ela não tem um relacionamento de amizade com as pessoas em sua casa a ponto de permitir que elas a conheçam de verdade. Ela tem medo que não gostem do que descobrirão.

A História

Djore, como já dito, é bastante intuitiva, e costuma agir de acordo com o que sente, e não conforme pensa. A história de hoje é uma aventura que nossa protagonista escolheu viver, e que não teve o final que ela esperava.

Djore tinha um namorado, Litted. Seus pais, obviamente, não sabiam do romance. Litted era um cara mais velho, quase formado, com quem ela se sentia segura e protegida e pretendia quem sabe dividir o futuro.

Normalmente, eles se encontravam na casa dele, um lugar pequeno, mas aconchegante, onde Litted morava sozinho. Um dia, porém, ele fez um convite inusitado: queria passar um fim de semana com ela, longe de tudo e de todos. Ela aceitou.

Inventou uma história qualquer para os pais e fugiu com ele. O destino era uma cidade montanhosa, fria e linda. Iriam acampar, tomar chocolate quente e dormir de conchinha. O fim de semana romântico perfeito. Partiram.

A sexta-feira foi deliciosa, lareira, cachecóis, um pouco de conversa e amor esquentado pelo fogo. No sábado, a surpresa (Litted não é um monstro, agora chegou a hora de você parar de imaginar que ele fará alguma coisa ruim a ela. Ele a amava.).

Uma batida na porta assustou o casal que dormia abraçado às duas da tarde. Litted abriu a porta e foi jogado ao chão por um pai furioso, que mandou a filha recolher as coisas para que eles fossem embora imediatamente. Ela obedeceu, para evitar maiores constrangimentos.

O pai proibiu Djore de ver Litted. Ele já desconfiava do relacionamento há algum tempo e soube por uma fonte infeliz dos planos do casal para o fim de semana.

Litted acabou terminando o romance com ela, por não conseguir viver uma relação estável e saudável. Mas o amor dela não tinha acabado. E o pai se perguntava porque a garota não conversava com a família.
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Perversões de Wix

Quem ela é? Wix.
Por que ela é interessante? Porque ela sabe usar os jogos de amor a seu favor.

“...xeretei, pra valer, sua vida tintim por tintim
e agora já sei que você também gosta de mim...”

Luan e Vanessa. Além da imaginação.

A Personagem

Wix é de uma perversão ingênua deliciosa. Sabe se impor, sabe atrair a atenção de qualquer homem, e sabe também ser a mais discreta das meninas. Aprendeu a jogar com o amor cedo, por ser tímida demais para se expor como gostaria. Com a prática, ela consegue hoje se expor exatamente como quer, se fazer notada e garantir boas noites de amor, além de praticar um bem constante ao próprio ego.

A História

A história de hoje é apenas uma das inúmeras perversões de Wix. Talvez a mais recente, ou a mais marcante. Apenas uma das preferidas dela, que compartilho agora com vocês.

Wix tinha um admirador, Dexter. Ele não imaginava que ela sabia o quanto mexia com ele. No começo, ele apenas tentava ser simpático, e ela retribuía. Ela também o achava interessantíssimo e não via a hora de esquentar aquela relação.

Ele, porém, como todos os caras que ela conhecia, era mais lento do que ela gostaria que fosse. Wix fazia elogios sinceros, se exibia exatamente da forma como sabia que ele mais gostava, e se certificava, a cada vez, com a reação no rosto de Dexter, que ele gostaria de retribuir à altura.

Um dia, Dexter descobriu uma das perversões de Wix e tentou induzi-la a confessar. Ela notou na mesma hora, mas preferiu, esperta que era, fingir que nada estava entendendo. Ele riu malicioso e mais uma vez se despediram.

Algumas conversas se passaram sem que aquele assunto voltasse a ser pauta, até que ele fez o mesmo comentário maldoso novamente. Ela simplesmente confessou. Tudo. Absolutamente como havia acontecido, com uma riqueza de detalhes que ele jamais poderia sonhar.

Wix se deliciou com a expressão espantada e curiosa de Dexter, que queria saber mais e mais detalhes, ficando extasiado a cada nova página da história que descobria. Wix se divertia.

Em seu interior, ela sabia que agora era apenas uma questão de tempo para que seu relacionamento com Dexter saísse das conversas amigáveis e ficasse tão interessante quanto ela queria que ele fosse desde as primeiras vezes que se falaram. E agora quem se empolgava era ela.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quanto vale uma aula chata?

Quem eles são? Xilin e Elif.
Por que eles são interessantes? Porque eles sabem como é bom voltar à infância.

“...Splish splash fez o tapa que eu dei...”

Roberto Carlos. Splish splash.

As Personagens

Xilin e Elif são amigos há bastante tempo. Xilin é uma garota inteligentíssima, daquelas bem informadas sobre tudo o que aparece nos jornais. Além disso, é bem humorada e sabe ajudar os amigos quando eles precisam. Ela dá muito valor às amizades. Elif é um garoto um pouco menos compromissado, daqueles que gostam de fazer a turma rir. É inteligente, também, mas é um pouco mais relapso, daquele tipo que, se estudasse, seria com certeza destaque na turma. O problema era estudar... Juntos, eles formaram uma dupla inseparável nos tempos do colégio.

A História

Não. Não se trata de mais uma história de amor. Xilin e Elif, embora muito amigos, nunca foram apaixonados um pelo outro. Muito pelo contrário, eles confidenciavam suas paixões um ao outro e sabiam se entender muito bem, às vezes sem dizer palavra. A história de hoje é apenas uma travessura, daquelas que todo mundo que viu vai se lembrar pra sempre.

Na sala de aula, sobre o tablado, o professor Liu. Uma figura interessante, que talvez um dia possa figurar aqui como personagem. Liu é excêntrico, gosta de chamar atenção, gosta de mostrar o poder que exerce sobre os alunos. Na primeira carteira da sala, Elif, com Xilin logo atrás.

Aula chata. Professor chato, que dominava o assunto menos que a turma. Nas mentes aguçadas de Xilin e Elif, uma oportunidade. Elif se virou para trás, cochichando com a amiga. A amiga fez um sinal positivo, indicando que o plano seria posto em prática em breve.

Discursando sobre coisas desinteressantes, o queixo do professor caiu: num impulso, Elif se virou para trás com violência e a turma ouviu um estalo seguido por um abaixar de cabeça súbito de uma chorosa Xilin. O professor havia acabado de presenciar um gigantesco tapa na cara da garota.

Escandaloso como era, Liu começou a discursar, dizendo que o garoto não poderia ter tido tal atitude, inadmissível até mesmo se fosse em outro garoto, quanto mais em Xilin, protegida pela maior parte do corpo docente. Elif não esboçou reação.

Terminado o show, Elif simplesmente disse que não havia sequer encostado na menina, e ela levantou o rosto, rindo solto. Liu, sem entender nada, ainda questionou, e foi preciso explicar que Elif havia feito o barulho do tapa na própria mão enquanto a garota somente abaixara o rosto. O professor ficou atônito. Para os dois, apenas a reação de Liu tinha feito valer aquela aula.
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domingo, 16 de agosto de 2009

Amor de nerd adolescente

Quem ele é? Rick.
Por que ele é interessante? Porque ele teve peito para encarar um amor à distância.

“Eu ainda nem te conheço,
nem você me conhece direito.
[...]
mas se você ainda me quer,
eu fui feito pra você...”

Menores Desacompanhados. Eu fui feito pra você.

[off] Bandinha maneira! Myspace deles pra quem quiser! [/off]

A Personagem

Rick é estudante universitário de exatas. Estudioso, nerd mesmo. E como todo bom nerd, adora um computador. O que o torna em um nerd mais interessante que o demais são as relações que ele construiu na rede. Grandes amigos, que vão muito além de amizades virtuais, embora realmente com alguns o contato não ultrapasse o computador; e um grande amor. Amor que ele encarou e que se transformou na história de hoje.

A História

Tudo começou quando Trinity enviou para ele um recado na internet, dizendo que o achava interessante. Ele nem ela levaram aquilo a sério, por muito tempo. Até que um dia, aquele recado pareceu fazer sentido.

Conversando, também pelo computador, os dois descobriram muitas coisas em comum, como, aliás, tinha que ser. E Rick descobriu que ela realmente o achava interessante como havia mandado na mensagem que ele não levou a sério.

Descobrindo os interesses em comum o futuro casal “começou a perceber” que um fazia o tipo do outro. Tudo era perfeito para que se conhecessem pessoalmente e começassem um lindo romance, a não ser por um pequeno detalhe: eles moravam milhares de quilômetros de distância um do outro.

O que para qualquer pessoa seria um problema gigantesco, para os dois era apenas uma questão de tempo. Tempo para conseguirem se encontrar. Mas não seria esse único problema o responsável por fazer Rick e Trinity desistirem do amor que descobriram sentir um pelo outro. Amor de nerd adolescente? Poderia até ser, mas isso para os dois era irrelevante.

Depois de alguns meses namorando virtualmente uma pessoa que ele jamais havia sequer abraçado, e com uma fidelidade de dar inveja a muitos casais convencionais, Rick conseguiu realizar sua grande vontade: juntou dinheiro, comprou passagem e avisou a Trinity que o encontro dos dois estava finalmente, com data marcada.

Nervosismo, ansiedade e toda aquela emoção de um casal que está prestes a se formar invadiram o peito de Rick, com a diferença de que seu casal já estava formado há quase meio ano. Se ela ia gostar dele? Ela já gostava, mas seu coração não conseguia parar de se fazer essa pergunta.

Finalmente, depois de horas de viagem, eles se encontraram. Se foi bom, não sei, mas o que posso adiantar é que eles já se encontraram outras vezes, comemoraram o primeiro ano de namoro e, hoje, fazem planos para o futuro!

[off2] Escrevi um texto em parceria com o Felipe Marquezelli que ele postou no blog dele. Para quem quiser dar uma olhada, o texto se chama Prosa livre. [/off2]
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A primeira transformação

Quem ele é? Ryan.
Por que ele é interessante? Porque ele descobriu e encarou o segredo de sua felicidade.

"...Super vitamina dos reflexos
tão complexos
de ambos os sexos..."

Erasmo Carlos. Close.

A Personagem

Ryan era um garoto que cresceu numa família de mulheres. Muitas irmãs, tias, primas, mãe e um pai que não era uma pessoa muito presente. E era com elas que ele brincava, à medida que crescia. Suas referências sempre foram elas, as mulheres. E quando o garoto chegou na puberdade, notou que as referências dessem a ele mais do que simples entendimento do universo feminino. Ele se sentia pertencente àquele universo.

A História

Muitos Ryans existem, espalhados pelo mundo. Mas com poucos deles aconteceu o que aconteceu com nossa personagem de hoje tão rapidamente. Passando para o ponto em que é necessário chegar para compreender a história dele, começamos com seu primeiro beijo: em uma garota.

Dara foi a experiência que permitiu a Ryan descobrir sua homossexualidade. Muito além disso, ele descobriu que não era um menino, a não ser pelos órgãos que comprovavam seu sexo. E ele decidiu que, se se sentia como uma menina, era assim que ia se comportar.

Pouco tempo depois, o cabelo já estava comprido, bem cuidado. Unhas impecavelmente feitas e os pelos no corpo desapareceram como magia. Para a mãe, apenas um garoto asseado que gostava de sua aparência delicada. Ele realmente era muito bonito.

Vestido normalmente, ele disse para a mãe que iria para uma festa. Não mentiu, embora antes tenha passado na casa de sua melhor amiga, Lígia. Ali aconteceu a primeira transformação. A camiseta deu lugar a um sutiã de enchimento e uma camisa jogada de lado. A calça jeans ficou mais apertada.

O cabelo ganhou um penteado feminino e a pele, maquiagem. Ana (ou Ryan) foi para uma de suas noites mais divertidas. Dançou, se empolgou, fugiu da realidade que não pertencia a ele para viver o mundo dela. Da próxima vez, pensou, já podia até arrumar um namorado.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

A mensagem de Jack

Quem ele é? Jack.
Por que ele é interessante? Porque ele tem a capacidade de aproveitar as oportunidades.

"Os seus olhos são espelhos d'água,
brilhando você pra qualquer um..."

Preta Gil. Espelhos d'Água.

A personagem

Jack não tem um passado triste para contar. Alto para sua idade, branco de esconder do Sol, olhos azuis. Jack sempre morou em lugar privilegiado de sua cidade, estudou em boas escolas e ganhou oportunidades da vida. A diferença entre ele e tantos outros jovens com as mesmas condições é que ele, com seu jeito discreto, agradável, ora tímido, conseguia detectar as oportunidades que surgiam dia após dia. E assim se transformou num grande homem que, embora não soubesse o que queria, poderia querer o que fosse que seu sucesso seria garantido. Garantido, eu disse. Ele definitivamente não era apenas mais uma promessa.

A história

Muitos episódios interessantes marcam a história de Jack, e talvez ele volte a permear este blog sob outra identidade. Mas a história de hoje é uma história de amor. Jack, como já disse, não era um garoto como os outros. Assim sendo, suas amizades também não poderiam ser convencionais. Jack tinha duas grandes amigas: Phil e Lodi.

E as amigas de Jack eram para ele como irmãs. Irmãs que compartilhavam segredos, compartilhavam angústias e com certeza jogariam com ele belas partidas de futebol. Mas a vida resolveu pregar uma peça neles. Phil era uma daquelas meninas fáceis de gostar, que mantinha bom relacionamento com todos. Lodi era mais séria, daquelas que selecionavam as pessoas com quem convivia e não se importava muito com o que fossem achar disso.

E Lodi escolheu Jack. E Jack, por sua vez, descobriu gostar de Lodi. Phil, desesperada, se encontrava no meio de uma situação delicada. Compartilhava os desejos de ambos os amigos, mas não podia se envolver. Não seria ela a responsável pelo término de uma amizade.

O tempo passou e o amor entre os dois ficava cada vez mais evidente, embora apenas um e outro parecessem não admitir. E Jack, aventureiro, decidiu partir. Seguiu em direção ao mar, de onde Lodi ficou olhando, uma lágrima contida nos olhos. Phil se deitou ao lado da amiga, na areia da praia, para contemplar a lua.

Quando levantou-se, Lodi não mais estava ali. Nadava, em pleno luar, rumo à imensidão. Phil ficou estarrecida, mas percebeu que não podia interferir, e se deitou de novo. Lodi e Jack se encontraram e selaram com bênçãos celestes o que seria um dos mais lindos romances já narrados.

Naquele momento, Jack rabiscou um pergaminho explodindo sua felicidade com a discrição que lhe era peculiar e só ele poderia exprimir num momento daqueles. Com um sorriso aberto, ele imaginou a reação de Phil quando recebesse a garrafa com a novidade. Mas essa já seria uma outra história.

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

história colorida de gente desconhecida

"...but you, my dear, have been discovered a liar
and i'm afraid that this is building up for far too long..."

Plus-44. 155.

mundança de novo! as "aventuras do garoto que queria fazer diferente" deram lugar às "histórias coloridas de gente desconhecida". é. acho que finalmente achei um TEMA pro meu blog.

aqui, a partir de agora, vou falar sobre você. é isso mesmo. contarei a história de personagens, reais ou não, baseados em mim ou em alguém, ou baseados em ninguém.

talvez eles se encontrem. talvez não. ainda não defini. a única coisa que sei é que você pode ser um dos meus personagens. ansioso?

sábado, 8 de agosto de 2009

eu ando pelo mundo...

"eu ando pelo mundo prestando atenção em
cores
que eu não sei o nome,
cores
de almodóvar,
cores
de frida kahlo,
cores!..."

adriana calcanhoto. esquadros.

eu ando pelo mundo procurando pessoas. pessoas que entendam as pessoas. pessoas que escutem as pessoas. pessoas interessadas em pessoas.

onde estão? as pessoas (às vezes) se entendem bem, então elas têm capacidade de entender pessoas. por que não a exercitam?

as pessoas sabem muito bem prestar atenção em assuntos que as interessem. então por que não escutar assuntos que interessem às outras pessoas?

as pessoas sabem demonstrar interesse, por que parecem não saber se interessarem de verdade?

EGOCENTRISMO. o que as pessoas não conseguem entender é que ninguém vai se interessar por elas se elas não se interessarem por alguém. ninguém vai ouvi-las se elas não quiserem escutar. ninguém vai entendê-las se elas não procurarem entender as outras.

o mundo não gira ao nosso redor. quando conseguirmos entender e aceitar isso, de verdade, vamos nos tornar pessoas melhores... tenho tentado exercitar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

atitudes

"... i was always in a fight
cause i can't do nothin' right..."

p!nk. don't let me get me.

ele se cansou da guerra contra o espelho e mudou radicalmente. o resultado? ele não poderia descrever. o que sabia era que foi muito positivo. passou a encarar a vida de outra forma, e como isso refletiu em simples ações.

mais vivo. era assim que ele se sentia. ATITUDES que ele tinha preguiça só de imaginar haviam sido tomadas. e como cada uma delas fez diferença. aos poucos, ele percebeu que sua vida não seria perfeita, como a de ninguém é.

mas sua vida foi tomando um rumo que ele gostava. parou de fantasiar e agia diariamente, simplesmente, dentro da realidade. os grandes sonhos poderiam esperar. não que ele tivesse desistido deles, afinal, ele gostava de ser um sonhador por essência.

mas por enquanto, ele cultivava seus pequenos sonhos. e como era fácil sonhar! as coisas difíceis continuavam difíceis, mas as coisas fáceis deixaram de ser difíceis. ele não cabia em si.

o universo começava a conspirar a favor dele. e tantas mudanças ainda estavam por vir que uma "ponta" de ansiedade o invadia. mas já não o preocupava mais. as atitudes que tivessem que ser tomadas seriam, e ele tinha certeza que conseguiria fazê-lo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

colecionando nada

"... estamos cansados (cansados!),
não aguentamos mais (cansados!),
sete, oito, nove, vamos escapar..."

chiquititas. até dez.

há dois dias estou arrumando meu quarto. e ainda não sei se posso dizer que cheguei na metade do caminho. dor nas costas, suor no rosto e um reencontro comigo mesmo, alguns meses ou alguns anos atrás.

posso dizer que estou exercitando o DESPRENDIMENTO. mais de dez sacos de lixo. lembranças da escola, de antigos amores, muita coisa que dá saudade quando é vista, mas também muita coisa inútil.

não sei se isso é comum, mas eu não sei definir o momento para jogar as coisas fora. coisas que certamente nunca mais utilizarei na vida, e nem me trarão nostalgia. roupas que nunca sei se já está na hora de doar para os outros.

mas como disse, estou exercitando o desprendimento. a mim está fazendo muito bem. tenho certeza que meu quarto, se um dia eu terminar essa arrumação, será muito mais um reflexo meu do que ele é hoje. agora é hora de voltar ao trabalho!

domingo, 2 de agosto de 2009

quem precisa?

"... numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
que descolorirá..."

toquinho. aquarela.

quem precisa de cores? o mundo em p&b pode ser muito mais divertido. em p&b as pessoas são mais iguais. as coisas, os lugares, são todos mais parecidos. em vários tons, como a vida tem que ser. mas muito mais próximos.

as pessoas, os lugares, as coisas, tudo é mais próximo em p&b. as músicas são mais românticas, os amores mais memoráveis, as amizades mais espontâneas. monte um filme em p&b em sua mente, e veja como as coisas se conectam com uma facilidade muito maior.

quem precisa de p&b? as cores são legais, dão vida, diversidade. o brilho no olhar fica mais intenso e temos uma infinidade de observações possíveis. porque as minhas cores são muito diferentes das suas.

as pessoas, os lugares, as coisas, tudo é mais jovem em cores. as músicas são mais dançantes, os amores mais eternos, as amizades cultuam mais as diferenças. monte um filme colorido em sua mente, e veja como as coisas se conectam de uma forma muito mais viva e intensa.

eu prefiro ser vida divertida, intensidade, igual, diferente, romântico dançante, eterno e memorável. vivo. intenso. e quero que as coisas se conectem facilmente. por tudo isso, sou cores em preto e branco.

sábado, 1 de agosto de 2009

vingança

"... i am capable of really anything..."

p!nk. please don't leave me.

será que realmente somos capazes de tudo? espero que não. porque gente querendo se matar deve ter aos montes por aí. e por que as pessoas não se matam?

naqueles dias em que tudo dá errado, te passam para trás, te traem, te apunhalam pelas costas, e você sente vontade de ir atrás da família do malfeitor e torturá-la lentamente, com requintes de crueldade, o que acontece com você?

muito provavelmente fica em casa, ouvindo uma música de fossa e maquinando a VINGANÇA em sua cabeça, até que duas taças de vinho o fazem voltar ao normal e cair numa depressão que não tem data pra acabar.

falta compreensão, é isso. as pessoas sempre têm a mania de esperar dos outros atitudes que elas mesmas teriam em determinadas situações. e aí depois fazem um lindo discurso defendendo a homossexualidade e dizendo que as pessoas têm que respeitar as diferenças.

autoconhecimento, insegurança. acho que a gente sempre deve aprender um pouco sobre nós mesmos olhando para os outros. porque aquilo que te irrita de verdade em alguém, tem grande probabilidade de se manifestar em você também.

e eu continuo à procura do amor, já que meu coração o esqueceu em algum lugar. mas ainda amo as pessoas, essencialmente.