
Foi tudo tão normal que era estranho que até ali a vida tivesse sido tão difícil. Ele bebeu, muito! E se divertiu como nunca, mas não porque estava bêbado, e sim porque precisava de diversão. E criou seu próprio modo. No palco, a melhor amiga cantava... E para ele foi uma surpresa, ela também parecia tão contida no começo, tanto que eles mal se falavam. Agora ele a via no palco e a admirava como nunca. E eles eram tão diferentes no começo.
Já ia tudo bem, ele poderia ir embora satisfeito, quando a menina apareceu. Troca de olhares, troca de nomes, troca de telefones, troca de beijos. Beijos que começaram contidos como todo o resto, mas que depois começaram a ficar incontrolavelmente quentes. A menina se sentiu um pouco constrangida, parecia que não estava acostumada a ser vista naquela situação. Ele na verdade também não estava, mas alguma coisa inexplicável fazia com que quisesse continuar para sempre.
Dali foram embora juntos. Para ela, parecia algo natural eles estarem dormindo abraçados. O bobo, o deslumbrado, era ele. E a menina soube lidar muito bem com aquilo. Com um toque de mistério que o deixava maluco, ela foi a condutora da noite mais perfeita. Não se podia dizer que tinham sido inocentes, mas havia sim um toque de uma ingenuidade erótica. Ele estava encantado.
No dia seguinte, a ressaca. Mas nada o iria afetar. Ele tinha também um grande amigo que não acreditaria naquilo tudo, e ele achou melhor contar. Não que mentisse, mas às vezes nossos melhores amigos nos guardam surpresas. E, na opinião dele, elas ajudavam a amizade a crescer sempre. Como esperado, o amigo ficou feliz por ele. Então, mandou uma mensagem para a menina, que o ignorou. Mas quando tudo vai bem, não há Murphy que atrapalhe. Mais um dia se passou, e ela o telefonou. Ao que parecia, as noites encantadoras só estavam começando.