quinta-feira, 16 de abril de 2009

O céu, o Sol e a solidão

A estrela sonhava acordada
Com o dia em que veria o dia,
Com o dia em que a lua desse lugar ao Sol,
Com o dia em que o azul escuro, quase negro, desse lugar ao azul claro e reluzente do dia.

Mas era sempre noite.
O dia sempre estava longe demais.
O dia não poderia ser alcançado.
A lua se esvaziava, e a estrela se perguntava se assim poderia acontecer com o Sol.

O dia chegou.
Mas a estrela estava longe.
Mas ela conseguiu chegar.
Abandonou a lua e viu o Sol, lindo, brilhante.

E o dia não chegava ao fim.
A estrela já havia conhecido o céu azul claro.
O céu, o Sol e a solidão. Agora ela queria voltar.
Ali ela não tinha mais ninguém. Ela havia acordado.

E quando se acorda, é tarde demais para voltar a sonhar.

ÁLVARO DYOGO. O céu, o Sol e a solidão.

Não é que a inspiração acabou vindo? Não sei se ficou bom, mas acho que diz alguma coisa.

2 comentários:

Éverton Resende disse...

Você consegue me fazer ficar com vergonha dos meus medíocres textos!
Te amo amigão!

Laila Hallack disse...

Nossa, tanta gente falando de estrelas. Passa no blog da Vê (tem o link no meu) que tem um texto sobre elas...

Adorei a poesia! Através dela posso sentir um pouco do que passa com você. O mais bonito é descobrir o que você é através das suas palavras.

:)
beijos!